terça-feira, 21 de abril de 2015

Não vás


Amor o tempo vincou em nós o momento decisivo
Aquele em que tu decidiste ir
Eu decidi deixar-te ir
Orgulhosos dos nossos feitos,fomos os dois até ao fim
Sempre na expectativa da desistência primeira
Qual Reis dignos da sua palavra,não voltamos atrás 
Como fomos infantis
Hoje não podemos reparar o erro,há erros irreparáveis
E nós esquece-mo-nos disso
Deixamos passar a nossa primavera, por puro capricho
Não me perdoo-o,não te perdoo-o
Esperemos o inverno,quem sabe ainda temos tempo
Até lá não me tires do teu coração
Aquece-me o nome e grava o meu rosto
Não mates a esperança
Deixa que seja a ultima a morrer,por asfixia de tempo
Os anos vão pesar,mais do que o normal
Carregam a nossa incúria,o nosso orgulho a nossa teimosia
Hoje sinto saudades do momento antes de errarmos
Quisera eu construir uma máquina do tempo
Juro-te que não seria tão orgulhosa
Agarrar-me-ia a ti, e implorava-te que não fosses embora
Tenho a certeza que não irias
Gritaria ao teu coração....amo-te e quero-te aqui, não posso viver sem ti
E a vida mostrou-me,que não vivo sem ti....
Vivo contigo em tudo de mim
Menos com a tua presença
Essa é a parte mais dorida do meu ser
A tua ausência em mim
Sei que voltarás no inverno
Já não teremos o cheiro da primavera em nossos corpos
Nem as flores nos nossos olhos
Os nossos braços não darão enlaços
As nossas bocas não terão o mesmo sabor
O tempo amadureceu-as demais
Os nossos corpos sentirão as gretas da vida
Não nos deleitaremos na nossa mocidade
Nem os nossos poros transpirarão prazer
Mas de uma coisa temos certeza
No nosso coração o amor ainda espera por nós
A nossa alma, almeja encontrar-se
E finalmente tocaremos o céu do nosso amor
E juntos entraremos no mar das nossas recordações
Recordando tudo o que nos fez felizes
E a nossa memória,vai esquecer-se que em certo momento
Tivemos uma triste decisão
E então seremos felizes para sempre
Ainda que o sempre seja breve,muito breve....

R.M.Cruz

(imagem google)



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