Olhando para ti, apodera-se de mim uma ternura quase maternal.... Acredito que muitas mulheres, para além de esposas e companheiras, são também um pouco Mães, instintivamente a mulher protege, abraça, beija ama..... Que mulher não endireitou a gravata ao marido, como quem aconchega o casaquinho de um filho? Ou quem nunca cobriu as costas com o cobertor... como quando vai dar boas noites ao menino? Quem não deu um beijo na testa do marido, como dá ao seu bébe? Olha leva o casaco, vai estar frio... Ou então....já tomaste os comprimidos? Não te esqueças do guarda-chuva, pode chover? Deixa-me aquecer-te a comida.... Vá lá não comas isso, vai fazer-te mal... Fuma menos, estás com uma tosse... Ou então: vai devagar, a estrada está perigosa. Onde estás? está tudo bem? Estava a ficar preocupada! Ora... os maridos têm idade e corpo suficiente para não termos que nos preocupar com eles, mas o nosso instinto Maternal, leva-nos muitas vezes a esquecer que somos esposas, e não Mães. Mulher é assim.... É capaz de amar´e proteger, os filhos das outras. Mulher não faz muita questão de fazer distinção a quem dedica o seu amor...ama e pronto! Mulher é um ser que por Natureza nasceu para amar....sofrer...proteger... A Mulher ataca, quando pressente que lhe tocam nos filhos, no marido, na Mãe, no cão, no gato... Mulher é um ser de resistência absoluta....não admite maltrato.... Mulher é cobarde de si própria, quando um homem a maltrata, ela perdoa na esperança de que o amor seja cura para todos os males, mas esquece-se que o é amor dela, não do homem... Mulher é cega, quando ama... ama sem olhos. Mulher sempre mulher! Mulher é mãe, mesmo não o sendo...
Rodando pela estrada da vida... Em que o condutor somos nós. Encontramos, muitos companheiros de viagem... Uns passam por nós a correr... outros apenas acenam ou dizem olá. Outros passam a tamanha velocidade, que nos tentam derrubar... Há também aqueles que simplesmente nos ignoram... Uns chegam primeiro ao destino...outros vivem de forma a que o destino espere mais um pouco. Na estrada da VIDA, encontramos condutores de todas as espécies... Há aqueles que nos acompanham na nossa rodagem...sempre ao nosso lado, não para nos ultrapassarem...mas para nos apoiarem nos percalços da nossa viagem.... Existem também aqueles que vão á nossa frente...não para chegarem primeiro, mas para irem tateando o caminho.... Temos os que seguem atrás de nós...não para nos atropelarem pelas costas...mas para nos protegerem... Há aqueles, que, quando nós paramos, também param...esses....são os nossos socorristas, que nos auxiliam quando o "carro" da VIDA tem uma avaria...ou até um caso de "acidente" são os nossos verdadeiros companheiros de viagem, nunca nos deixam sozinhos, nunca nos abandonam....na realidade são os menos visíveis aos olhos, mas que sabemos, sempre que é necessário, eles...estão lá!!! A VIDA é assim...uma estrada... Uns dias faz sol Noutros dias está molhada... Uns dia o transito está caótico... Noutros dias a estrada está livre... A VIDA é assim... Uma estrada, comprida para uns... Para outros, apenas um trosso... Há aqueles que mal arrancam....logo terminam... Há também aqueles que nem chegam a sair da meta de partida... Para uns... a paisagem é deslumbrante...para outros é deserta... Para uns... a viagem torna-se suave e sem percalços....para outros ...em cada curva tem um obstáculo.... Todos temos que conduzir o"carro" da VIDA...todos temos um lugar...seja depressa ou devagar. O propósito não é chegar, mas sim terminar a viagem,apreciando toda a paisagem... A verdadeira aventura não está em chegar á meta...mas sim em desfrutar e ser feliz.
Estende os braços Dá-me um abraço Encosta-me a ti Alivia o meu cansaço Horas infinitas Perpetuadas pela dor As manhãs mais bonitas São as que me enches de amor.... Dá-me um abraço Escreve o teu nome Na palma da minha mão Crava a fogo... O teu amor... Nas paredes do meu coração Dá-me um abraço Forte e sentido Não vás embora Fica comigo Dá-me um abraço Acalma a minha dor Deixa-me repousar No teu peito meu amor Tu és o meu refugio Nas noites de tempestade Nada mais me faz sentir Tão perto a mocidade Um abraço É cura para toda a dor É solidariedade da vida É alegria, é força, é amor.... E assim no teu abraço Repouso a minha alma Sereno os meus sentidos Que só o teu abraço acalma Vamos semear o abraço Que qualquer um pode dar Abraçar faz bem á alma E sabe tão bem ....abraçar..... Gosto de ficar assim.................... Abraçada a ti!!!
Sinto falta.... Das palavras sábias da minha Mãe Do seu ombro amigo Da sua advertência quando pressentia que o meu caminho era incerto Sinto falta.... Das pontas dos seus dedos tentando impedir que as minhas lágrimas Rolassem pelo meu rosto... Sinto falta... Do aconchego dos lençóis, e do beijo de boa noite Do seu respirar ofegante para chegar a tempo aos nossos encontros Sinto falta.... Da sopa de hortaliça, e do pão frito com azeite E dos almoços de Domingo em família, com uma mesa pobre mas farta Sinto falta... Das suas mãos a pentear o meu cabelo, e de ver a fita cor-de-rosa na sua boca pronta para me embelezar, transformando-me na sua princesa... Sinto falta... Da cevada de manhã e do pão com manteiga E do miminho do afeto, do carinho.......... Sinto falta... Do seu cheiro...cheiro de Mãe, só filho conhece... Da sua voz zangada, dizendo-me o quanto eu sou teimosa... Sinto falta... Das suas mãos a passar pelo meu rosto e a dizer-me: Serás sempre a minha menina... Sinto tanta falta do seu abraço, do meu aperto de encontro ao seu peito, deixando-me ouvir as batidas do seu coração, ao ritmo do seu amor por mim.... Hoje sinto falta de ti Mãe.... Hoje queria ter-te aqui... Só para tocar o teu corpo, ouvir o teu coração, a tua voz, o teu respirar, saber que estás comigo... Eu sei que estás... Mas não é a mesma coisa... Desculpa Mãe...eu sei que combinamos que eu não teria este sentimento, eu prometi-te que iria ser forte, eu prometi-te que entenderia que há vida para alem da vida...mas.... Mas...é tão difícil, caminhar sem ti... É tão difícil Mãe... Tão difícil..................
Quem tem Mãe que viva intensamente a sua presença, pois chegará o dia em que gritarás de dor...Tamanha é a saudade............
Quando a tua alma se sentir cansada Deita-a com muito cuidado na cama do teu coração A alma é a tua existência, que vive para além da vida Não a canses....sê gentil com ela Ela suporta tudo, tem uma resistência para além do que é possível Mas sempre que possas protege-a Há quem lhe queira fazer muito mal Talvez até destruí-la Deita a tua alma na cama do teu coração Aconchega-a com abraços de ternura Enche-a de beijos de paixão Alimenta-a de amor Não permitas que lhe façam mal Porque a alma foi a que te deu vida terrena E é ela quem te levará de volta a casa Muitas vezes tentam apunhala-la Protege-te... São saqueadores de almas A alma é o teu existir, a tua essência O teu verbo amar O teu EU A alma é o veio do sentimento É o baú das emoções...onde guardas as mais belas recordações Mas a alma Quando ferida...enfraquece...entristece.... E as suas feridas ás vezes sangram Sangram tanto, tanto que te deixa prostrada É uma dor que ninguém vê, é um vazio infinito......... É um buraco negro Ilumina a tua alma... Acende a vela do amor Dá-lhe a centelha da luz Embala-a...mima-a....cobre-a... E deixa-a sossegar um pouco.............. Um dia ela voará para a eternidade Deixa-a voar feliz............................ R.M.Cruz
Ando sem rumo certo Na sombra do vazio Sou areia no deserto Sou o Inverno mais frio Ando na valeta da vida Na borda do meu existir Sou a faca que abre a ferida Sou eu quem te vai ferir Ando na lama do ser Invadindo a tua alma Sou o que arranco o viver Nas palavras de quem não me chama Ando nas margens do fogo Que me queima o sentido Sou a morte que te leva Sou o cadáver de um morto vivo Ando na boca do inferno No limiar da tristeza Sou o pobre que invento Na sarjeta da pobreza Ando com passos de chumbo Das minhas pernas de ferro Crio o teu tenebroso mundo Nas trevas que eu carrego Ando nas sombras da morte Nas profundezas do ser Sou a agoiro de pouca sorte Sou a morte do viver Sou lobo entre os cordeiros Falso no teu rebanho Apanharei as ovelhas Que não me acham estranho Ergue todas as barreiras Mune-te de ferramentas Entrarei nas brincadeiras Das crianças inocentes Ergue um muro de betão Para que eu não possa entrar Sou falso de coração Não conheço o verbo amar Espera-me de arma na mão Mata-me com um tiro certeiro Podes crer que o meu coração Não é o que morre primeiro Sou a besta que invade Os teus sonhos de criança Entro nos teus pesadelos Arranco-te a esperança Se ao mais leve pestanejar Sentires a minha presença Não hesites em me matar Antes que eu te saque a inocência