segunda-feira, 18 de abril de 2011

E EU VOU.....


Vou por ali, sem saber ao certo por onde vou, mas vou….

Porque é por ali que eu quero ir

Talvez seja o teu desejo que me chama

Talvez seja o teu corpo que grita silenciosamente, a presença do meu

E eu vou… só sei que quero ir…

Talvez seja o teu corpo que necessita do meu abraço

E no espaço dos teus dedos eu entrelaço os meus

A minha mente está isenta de qualquer pensamento

Apenas o desejo de sentir que estou viva

Só tu… para me fazeres perder no labirinto do meu ser

E eu perco-me……

Sem medo…

Sei que tu estás ali, perco-me para tu me encontrares

Contra as paredes ocas da minha alma, sinto o teu respirar

Ofegante…..procurando desesperadamente, a fonte que saciará a tua sede

Mas…..eu…eu já não estou lá….apenas um pedaço de mim ficou

Para não me perder por completo, nas asas do meu existir…

Por efémeros momentos o tempo parou…eu saí de mim

Voei para longe do meu e do teu corpo, deixando para trás gritos silenciosos

De dois corpos que se fundiram para se sentirem vivos

Na noite, no dia, na hora no minuto que se encontraram

Foram eles os donos do tempo que não existiu…

Foram eles que vaguearam pelo infinito dos labirintos da alma

Foram eles que tomaram as rédeas dos sentidos

Por momentos a VIDA foi vivida sem regras, sem caminhos, sem avisos, sem semáforos…

Nada…nada existia para além dos nossos sentidos

Apenas um momento efémero, que se tornou eterno …

A ti…a mim …a nós… á VIDA...


R.M.Cruz

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