quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Deus menino não nasceu em todas as casas

E de novo é Natal
Tudo continua igual....
Nada mudou
Deus menino não nasceu em todas as casas
Nem a estrela iluminou o caminho dos descalços
As crianças continuam a ser maltratadas
 As mulheres continuam a ser vitimas de todo o tipo de violências
Os homens continuam a matarem-se uns aos outros
E de novo é Natal
Tudo continua igual....
Os idosos continuam  a ser despejados nos "lares"
Os hospitais continuam a rebentar pelas costuras
O preconceito está mais assente do que nunca
Não há civismo,cidadania,humanismo.
O bulyng é cada vez praticado
Os países não param as guerras
O dinheiro continua a ser mais valioso do que  vidas
E de novo é Natal
Tudo continua igual....
Os mais ricos continuam a saquear os mais pobres
Os patrões continuam a escravizar os trabalhadores
O silêncio continua a amordaçar  inocentes
O capitalismo continua a dar voz aos poderosos
É Natal, as ruas iluminam-se, nas casas já cheira a doces
Mas o Deus menino não nasceu em todas elas
Nem a estrela iluminou todos os caminhos
Há casas escuras,bocas famintas, idosos morrendo na mais profunda solidão
Há pais que choram a morte dos filhos, e filhos que matam os pais
Há famílias destroçadas, lares desfeitos, crianças abandonadas....
Há deslumbramento no supérfluo,e desprezo no essencial
Há rios que não passam em todos os campos, e ondas que não chegam a todos os pés
E de novo é Natal
Tudo continua igual....
Deus menino não nasce em todas as casas
E eu faço parte de um mundo humano, onde os seus direitos não são praticados
E onde se caminha de cabeça erguida como se nada fosse connosco
 E continua a ser Natal....


R.M.Cruz







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