segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Voaremos juntos.......

Vem meu amor, é tempo de darmos as mãos, rumo ao sonho
É tempo de sermos nós os fazedores de momentos mágicos
Vem, são escassos os minutos, a vida corre como nunca correu
A velocidade está agora fora do nosso control
Vem meu amor, já não importa o que dizem
Deixa que falem...
O tempo não é nosso, nem deles...
A vida sim pertence-nos, assim como este amor que é nosso
Não nos intimidam os olhares indiscretos
Nem as línguas afiadas como facas, cortando a nossa vida como se fossem talhantes
Vem meu amor, o tempo não espera, as rugas abrem-se como terra seca, batida...
Os olhos soltam águas, como rios desvairados, em dias de tempestade
As mãos estão frias e tremulas, tal qual um menino de rua em noites de nevoeiro
Vem meu amor, é tempo de darmos as mãos, o sonho espera-nos
Sossega a alma, não...não é o choro dos nossos filhos, não te levantes
Já não precisas aconchegar-lhes o cobertor....o choro que ouviste está apenas na tua memória
Deita-te outra vez....estamos sós
Vem mostra-me o que está para além de uma vida de canseiras....de trabalho,de fadiga
Agora sou só eu e tu, e esta nossa casa deserta....eles voltam meu amor, eles voltam
Os filhos voltam sempre!
Serena o teu coração, e o teu espírito, deixa-te levar nas asas do sonho...
Vamos sentir o que está para lá da vida!
Deixa que falem amor, o mais importante és tu e eu,  e este amor
Um amor guerreiro, de lutas, de batalhas, de guerras, mas um amor vencedor!
Um guardião do nosso coração!
Vem meu amor, que a vida não espera, e o sonho....o sonho esse há-de vir em lençóis de arco-íris
Em nuvens de esperança, em cavalos de eternidade, e aí amor voaremos juntos
Para além da vida!

R.M.Cruz


sábado, 18 de agosto de 2012

Beijos de vida.....

No teu silencio encontro o meu eco
Nas tuas palavras o meu silencio
Que de água vestem os meus olhos
E de amor enche o meu coração
E de mansinho
Enroscas-te no meu corpo
Como a cobra na sua presa
Por momentos desfaleço, inconsciente...
Não quero acordar...
 Este veneno que não me ceifa a vida
Mas que mata a minha sede de amor
Sacio-me...como a criança  no pote de mel
Não sei onde estou, nem quero saber
Rogo ao relógio que pare o tempo
Como se não houvesse amanhã
O meu corpo, não sei dele
Entreguei-o a ti
A minha alma, vagueia pelas colinas dos sentidos
E em cada colina pára esbaforida
Acelerando o ritmo da minha respiração
Ao longe ouço o teu murmúrio
Como quem pede que eu volte
Mas eu não quero voltar!
A tua boca esmaga-se na minha
Dando-me beijos de vida
As tuas mãos abraçam-me cheias de amor por mim
E eu deleito-me nas colinas dos sentidos
É ali que quero ficar eternamente
Mas o eterno não existe
Sou arrancada dos sentidos
Como uma flor que se abre ao sol
E sorrio...
Aqui estou meu amor...
Voltei!!!

R.M.Cruz




terça-feira, 7 de agosto de 2012

Fragmento de vida.....

O tempo corre veloz, sem dar tempo de pensar
Sem dar tempo de te querer sem dar tempo de te amar
Vivo nas margens do tempo, o tempo é meu inimigo
Adiciona o tempo à saudade, e subtrai-o quando estás contigo
Não sei bem o que ele quer
 Ontem era  menina, e hoje já sou mulher
Vivo assim atarantada, meio perdida, meio encontrada
Nas margens do tempo me esqueci
Como posso pedir ao tempo, que me deixe esperar por ti
Não espera o desgraçado, não me quer dar sua mão
Vive correndo apressado, sem dar tempo ao coração
Ai tempo inimigo do tempo, de bem querer e amar
Não deixes um só momento, a razão de perdoar
Vives assim aflito, com medo de não chegar
Ao velho ao pobre e ao rico, deixa-los na berma a penar
Penas que são tão penosas, de momentos que são teus
São espinhos já foram rosas, são lágrimas dos olhos meus
Mãos tremulas de quem já foi, jovem bela e vistosa
A flor mais linda, do jardim, a mais bela rosa
O tempo passou a correr, na juventude perdida
De uma vida de lazer, passou a uma vida esquecida
As rugas rasgam-me o rosto, cada uma tem seu tempo
São de choro são de paixão, de saudade de lamento
Ai tempo que me roubas a vida, á socapa na noite escura
Roubas-me o sol da manhã, em momentos de ternura
Roubas-me o riso constante dos filhos, ora meninos
Dos passeios pelos campos, do cantar dos passarinhos
Perdida no tempo, procuro por ti
Ia jurar que estavas aqui
As mãos já  tremulas, tateiam o tempo
À espera que a vida lhe apague o lamento
Passo a passo, caminho inserto
O que estava longe, está agora tão perto
A vida grita-me, eu bem te disse
Que o tempo depressa te leva à velhice
Olho para trás, e o que vejo eu...
Já não sou capaz, de saber o que é meu
O tempo levou-me a vida e o amor
Levou-me o sonho, e deixou-me a dor
Perdida e esquecida, já não sei quem sou
Sou fragmento de vida que o tempo apagou



R.M.Cruz





sábado, 4 de agosto de 2012

Tempestade na minha alma....

O mar estava calmo...como calmo estava o meu coração
De repente as nuvens taparam o sol, o céu escureceu
E com ele o meu coração
Instalou-se a tempestade...Na minha alma tão cheia de fé
O meu coração esse vacilou, mas a minha alma NÃO!
Sei que a tempestade acalmará
E com ela o meu coração
A minha alma, caminha na serenidade, com a fé que me conduz á esperança
Esperança que nunca desiste do meu sonho
E assim nesta fé, caminho de estandarte erguido
Rumo á meta da vitória
Sei que lá chegarei, sei que tenho a força necessária
Essa força que vem de dentro, de dentro da minha alma
Qual pássaro enjaulado, procurando a janela para a liberdade
A minha árvore tem raízes profundas, que não se deixará abalar pela tempestade
Á minha volta há outras tantas árvores frondosas, que entrelaçam os seus ramos nos meus
Para que eu não vacile nunca.
Sei que o mar se acalmará de novo, e que o sol poisará nas suas águas
Como uma mãe que se debruça sobre o berço do seu pequeno filho
Assim poisará  na minha alma.
Sei que sou forte
Como forte é esta vida que jorra de dentro de mim
Caminharei sem ter medo
Sei que tu estás aí 
E nunca me abandonarás
Porque eu sou tua.

Com muito amor para ti  SILVIA

R.M.Cruz

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Depois de tudo, ficou o teu lugar......

Depois de tudo, ficou o teu lugar...
Ficou a tua luz...presa no meu olhar
A cada passo que dou...vou de encontro ao nosso amor
A cada sorriso teu...ressalta em meu peito o aperto e a dor
Nada ficou acabado, o amor nunca tem fim
Ficou preso no passado... para não esqueceres de mim
Jamais um coração, apaga no peito o amor
Apenas o adormece...para que não  sufoque de dor
Podem os corpos seguir, outros amores, outras saídas
Mas na alma permanece todas as horas vividas
Dizer adeus não é solução, seria um adeus sem partida
Quando se ama com paixão, ama-se para toda a vida
O meu coração é imenso, cabe  todo o amor do mundo
É como um pobre com fome, é como um abismo profundo
Vai e sê feliz, é o meu desejo sincero
Se te amo, é porque gosto, se te deixo ir... é porque te quero
Quero que sejas feliz, o amor não é prisão
É o sentimento mais nobre, que habita no coração
Ficará no meu peito a lembrança, de momentos de loucura
Deleita-te na liberdade, vive isenta amargura
Vive esse novo amor, alimenta-o, mantém-no bem regado
Não deixes que interfira, as lacunas do passado
 Nada no mundo é ao acaso,tudo serve para aprender,
 Tudo serve  para evoluir, tudo serve para crescer
Cresce meu amor...não consintas que o passado te maltrate
Tira do peito essa dor, que te pisa  e te mata
Vive livre meu amor....eu estarei sempre aqui
Mesmo que o mundo desabe, eu nunca fugirei de ti
Posso parecer ausente, os teus olhos não me verão
Mas a minha alma ficou, guardada em teu coração
Se sentires um palpitar, uma brisa, um toque na tua mão
Sou eu, a matar a saudade que me aperta o coração
Não faças nada... apenas fecha os olhos e sorri
É  a minha alma a cantar, e o meu coração a passar por ti.

R.M.Cruz