terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Porque eu sei!


No silencio da noite...
Uivam os lobos nas colinas
Famintos...
Esperando a hora mais certa para descer á cidade
A cidade dorme...
Atentos aos movimentos
Os lobos famintos, estão em posição de ataque
E tu
Na noite cerrada
Não encontras o caminho de regresso a casa
Os lobos enganam-te
Ao mais leve descuido teu
Devoram-te, desventrando-te as entranhas
Para te destruir
O teu corpo cheira a vida
E tu
Choras...porque sentes que a fidelidade
Atraiçoou o teu sentir
Os remorsos corroem a tua mente
Porque és humano,e logo que nasceste
Colocaram-te um chip
Que diz, serás fiel...
Fiel é o cão ao seu dono
Eu não sou tua dona, nem tu o meu animal
Tens medo dos lobos
Que cercam a tua cidade
Não te censures amor
Quem é fiel não conhece a liberdade
Eu quero-te livre
Livre na tua issencia
O chip tem erro de memória, deveria dizer felicidade, liberdade...
És homem que voa nas asas do vento
E levas na alma a vontade de voltar
Porque tu voltas sempre!
Não me ocorre perguntar
Porque terras caminhaste?
Quantas mulheres beijaste?
E que perfume era o seu?
Porque eu sei
Que o teu amor está em mim
Porque eu sei
Que o meu colo é o teu refugio
As minhas mãos as tuas asas
Os meus seios teu repouso
E quando os lobos se preparam para te devorar
Eu ataco
Em tua defesa
E a luz dos meus olhos cegam-nos
Porque eu amor
Sou uma pantera azul, com garras de confiança
E não há lobo na terra
Que chegue até ti
Nem coisa alguma que me faça duvidar
Do teu amor por mim
Os lobos esses, têm fome do nosso amor
Da nossa confiança
Do respeito
E da certeza
Que voes para onde voares
As tuas asas trazem-te para mim.


"Nunca deixem que lobos  malignem o vosso amor"

R.M.Cruz





segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Não te descuides!!!


Há quem não queira sonhar...Sem vontade de sorrir
Há quem só veja o azar...uma meta a atingir
Há quem olhe para ti...e queira ser como tu
Mas fica parado no tempo...não se veste e vive nu...
Nu de esperança e amor...a partilha, é coisa séria!
Se partilhasse-mos todos...fugia de nós a miséria!
Há quem te queira imitar...com inveja do teu empenho
Perde tempo a copiar...e não lhe sai bem o desenho
No comodismo do ser...vem o tempo e tudo leva
Tens garra, põe-te a mexer...deixa a marca nesta terra
Há quem diga que...
"do distraído como o rendeiro"
Não te deixes enganar...fica atento ao teu celeiro
Põe trancas á tua porta...para que não entre o ladrão
E te leve o teu sustento...para sua satisfação
Abre os olhos para a vida...o ser humano é matreiro
Consegue enganar o próximo...sustenta-se o ano inteiro
Não te descuides da vida...olha bem á tua volta
Se estiveres distraído...para que serve a revolta?
O medo tolhe a audácia...e o movimento do ser
Se o fechares a sete chaves...será mais fácil viver
Não deixes que o teu inimigo...conheça o teu coração
É a fonte de maior perigo...e uma falta de atenção
Porque o teu coração...é sensível ás tempestades
É o calcanhar de Aquiles...para todas as idades.
Se assim fizeres na vida...verás que tens bom proveito
E uma grande alegria...brotará dentro do peito
Rodeia-te de bons amigos...que te aceitem como és
Que te alertem dos perigos...nas boas e más marés
E assim pela vida fora...verás que é fácil viver
Ser feliz a toda a hora...dá trabalho podes crer!!!
Levanta as mãos para o céu...e agradece o que te é dado
Não cobices o alheio...cometes um mau pecado
A felicidade não está...em nada nem em ninguém
Olha para dentro de ti...é lá que está o teu bem
Ama-te a ti primeiro...só assim saberás amar alguém
Quem não se ama a si próprio...não amará mais ninguém
Não deixes que te subestimem..tu és a vida em questão
Pode haver um engano...não discordes do perdão!


SÊ FELIZ TU,EU, ELE, NÓS E VÓS!!!
R.M.Cruz

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

ENTRE OS MEUS DEDOS.....


As minhas mãos vazias...
Pelo espaço entre os meus dedos... passa uma aragem
Sinto a falta das tuas mãos...
Preenchendo esse espaço...onde matematicamente só cabem os teus dedos
São dez dedos meu amor...á espera de outros tantos
Que escondem os segredos
De anseios e de medos
De mitos, lágrimas e encantos
São dez dedos meu amor...das minhas mãos ansiosas
Que ferem a sua dor
De espinhos em vez de rosas...
De afago e aconchego...passeando pelo teu peito
Levando a boca a medo
Ao beijo que arde no leito
As minhas mãos já não sabem...por que caminho hão-de ir
Esperam pelos teus dedos...que lhes ensine a sentir
Tremendo sem saber a razão...de tal emoção que nem sei
No espaço dos meus dedos...existe o lugar para os teus
Que esperam ansiosos
Que venhas sem mais demoras
Morrer de amores pelos meus
Os meus dedos e os teus... entrelaçam-se com paixão
Fazem amor sem vergonha
Mesmo na palma da mão
E a mão não se importa...com tanta felicidade
Vai-se fingindo de morta
Façam amor á vontade
O sangue corre nas veias, e passa sem querer ver
Palpita o coração
De amor e de paixão
De ternura e de prazer
Todo o corpo fica feliz.. e descansa docemente
Agora as mãos com mais calma
Dizem baixinho á alma
Vive em paz e sorridente
Porque os dedos se encontraram
E de amor se juntaram
Em dois corpos que se uniram...num momento de calor
E que juntinhos dormiram
Com carinho se cobriram...numa noite de amor...

R.M.Cruz

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

DECISÃO....

Hoje decidi ter a iniciativa de decidir...
Sentei-me na beira da janela...e olhei para fora...
Foi então que pensei...tenho que arrumar a minha "casa"deitar fora o que não faz falta...
Dentro da minha alma...do meu coração...de todo o meu ser...
Então decidi!!!
Porque temos que guardar tudo o que não serve?
Vou deitar fora o que não presta...aquela palavra que me magoava
Aquele ressentimento que não me dava liberdade de seguir em frente
O olhar reprovador daquela pessoa...que eu captei e guardei
Não quero mais aquele velho pensamento de que não vai dar certo
Abrir as janelas da minha alma,para que as energias possam fluir
Vou acabar de vez com os pensamentos de incertezas...e de pessimismos
Esses ocupam muito espaço...tem que dar lugar a novas ideias
Também vou deitar fora aquela lembrança que me causa dor
Aquela imagem que guardei...daquele adeus, sem retorno...
Vou deitar fora todas as lágrimas de angustia, que ainda conservo cá dentro e que me inundam o ser... de água lamacenta e movediça...tirando-me a liberdade de movimentos...
Vou arrancar de vez as ervas daninhas que me consomem...e não me deixam crescer
Vou acabar de vez com o rancor...só me dá dissabores e amarga o meu viver...
Vou soltar aquele grito que há muito aprisiono dentro do meu peito...
Vou matar a saudade que tenho de ti...sei que ela voltará...porque a saudade tem vidas infinitas...mas não faz mal...isso fará de mim mil vezes assassina...
Vou saciar o meu desejo...nesse teu beijo que teimo em recusar...
Vou por fim dizer-te tudo o que ainda não te disse...
Vou desatar o laço que me prende aos problemas parados...estagnados...por falta de solução....
Vou soltar as amarras que me prendem e me puxam para trás...
Abri a janela da minha casa...do meu templo interior...da minha alma...e deitei tudo fora...
Vou recomeçar...renovar...criar...sonhar...
Aqui serei feliz...
Na minha casa arrumada...e limpa...livre da poeira que se acumulou durante anos...
Das velharias que eu teimava em guardar....parecendo um sótão antigo...cheio de teias-de-aranha..."coisas" que de nada serviam...
Hoje decidi que tinha de decidir...

R.M.Cruz